No domingo, dia 22, às 8h44 começou no Hemisfério Sul a Primavera, período de transição entre o Inverno e o Verão, conhecida como estação das flores e quando ocorre a reprodução da maioria das espécies silvestres. No Centro-Oeste brasileiro é também o início das chuvas e, por isso, momento de fazer o plantio da safra da soja, principal cultura agrícola da região.
Após meses de chuvas abaixo da média histórica pela influência de um Super El Niño, fenômeno que resulta do aquecimento das águas do Oceano Pacífico e provoca impactos no clima em todo Planeta, a Primavera de 2024 pode marcar a volta da regularidade no tempo, conforme prognóstico elaborado pelos técnicos do Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), órgão meteorológico do Governo do Estado vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
“A tendência climática indica probabilidade das chuvas ficarem dentro ou próximo da média histórica no Estado do Mato Grosso do Sul para o trimestre de outubro, novembro e dezembro”, cita o documento.
La Niña
Historicamente, as chuvas variam entre 400 a 500 milímetros durante a Primavera em Mato Grosso do Sul. Na região Noroeste (Corumbá) as chuvas variam entre 300 a 400 milímetros, sendo essa a menor intensidade. Já nas regiões Sul (Ponta Porã, Naviraí, Mundo Novo), Sudeste (Batayporã, Nova Andradina, Bataguassu) e Nordeste (Paranaíba, Costa Rica, Chapadão do Sul) o volume de chuvas nessa época pode ficar entre 500 e 600 milímetros.
Por outro lado, a tendência climática indica que a temperatura do ar deve ficar acima a muito acima da média durante a Primavera, ou seja, será um trimestre mais quente que o normal em Mato Grosso do Sul. As médias históricas para a estação são de temperaturas máximas entre 24°C a 26°C. Na região Noroeste o calor costuma ser mais intenso, podendo registrar médias de 28°C. Já no Sul o calor geralmente é menos intenso, com máximas entre 22°C a 24°C.
Conforme o Boletim do Cemtec/MS, o clima nessa época do ano estará influenciado pelo Fenômeno La Niña, que tem causa oposta ao El Niño, ou seja, resulta do resfriamento das águas do Oceano Pacífico. La Niña atinge o pico no trimestre novembro-dezembro-janeiro e vai perdendo força até ser neutralizado no fim do primeiro semestre do próximo ano.
