O GeoInfo, como é conhecida a Infraestrutura de Dados Espaciais da Embrapa (IDE Embrapa), está de cara nova. Além do novo design, a plataforma passou por uma atualização de software, trazendo novas funcionalidades e simplificação na catalogação. A nova versão foi lançada no IV Simpósio Brasileiro de Infraestrutura de Dados Espaciais, realizado de 15 a 18 de outubro na cidade do Rio de Janeiro, RJ.
A plataforma é resultado de um projeto da Embrapa Territorial, iniciado em 2011, que visava implantar um modelo de gestão da informação geoespacial na Embrapa, em consonância com as diretrizes da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), descritas no Decreto 6.666/08. Desde 2018, ela é adotada por toda a comunidade produtora e usuária de dados espaciais na Embrapa e hospeda, atualmente, mais de sete mil recursos (entre dados e documentos) como mapeamentos, zoneamentos e monitoramentos e sistemas geoespaciais nas várias escalas de análise. Parte deles está disponível publicamente na plataforma online.
Uma das novidades desta nova versão são os dashboards (painéis interativos). Esta funcionalidade une recursos dos Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) com ferramentas de visualização de dados. Com ela, é possível combinar a apresentação de múltiplas camadas de dados como mapas e agregar elementos gráficos e filtros. Embora as opções para customização sejam limitadas, os dashboards podem facilitar análises pelos diferentes perfis de usuário. “É uma forma rica de dar a informação”, avalia o analista da Embrapa Territorial Davi Custódio, responsável pela atualização e manutenção do GeoInfo.
Outro recurso disponível são os geostories (geohistórias), funcionalidade que combina mapas interativos com narrativas, tornando mais fácil e envolvente a compreensão das informações. Ela permite criar uma sequência de visualizações que guiam o usuário por meio de uma história, integrando texto, imagens e gráficos com dados espaciais. As geohistórias podem ser compartilhadas, promovendo a colaboração com diferentes públicos.
Uma experiência-piloto está em andamento no projeto da “Plataforma para Mitigação de Efeitos Climáticos Adversos na Agropecuária da Região Sul do Brasil para o enfrentamento das consequências das enchentes”. O analista da Embrapa Territorial Carlos Alberto de Carvalho relata como tem sido essa experiência.
“Mais do que apenas a descrição dos metadados, a geohistória ajuda a equipe que está desenvolvendo o projeto ao facilitar a disponibilização e o detalhamento da geoinformação entre os membros. No projeto da Plataforma da Região Sul, colegas de diferentes áreas estão gerando informações espaciais para o mesmo tema, e a geohistória tem facilitado a troca de informações e compreensão entre a equipe, uma vez que cada membro pode contextualizar seu dado espacial em mais detalhes, com textos explicativos, gráficos e visualizações de mapas do seu dado espacial”, avalia.