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MS tem superávit de US$ 1,8 bilhão e bate recorde nas exportações de carne bovina no 1º trimestre

A balança comercial de Mato Grosso do Sul fechou o primeiro trimestre de 2025 com superávit de US$ 1,832 bilhão, representando um crescimento de 13,74% em relação ao mesmo período de 2024. As exportações saltaram de US$ 2,26 bilhões para US$ 2,51 bilhões, puxadas pelo desempenho da celulose, da soja e da carne bovina, que juntas responderam por mais de 75% das vendas externas do Estado. Os dados estão na Carta de Conjuntura do Comércio Exterior do mês de março de 2025, elaborada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação.

Segundo o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, os dados de março demonstram a dinâmica e competitividade das exportações de Mato Grosso do Sul. “Batemos um recorde histórico no acumulado de janeiro, fevereiro e março nas exportações de carne bovina, o que demonstra o nível de competitividade da pecuária sul-mato-grossense. E ainda temos uma boa perspectiva a partir do meio do ano, quando tivermos a certificação de área livre de febre aftosa”, afirmou.

Com 13,47% de participação na pauta exportadora, a carne bovina totalizou US$ 338,8 milhões e 67.110 toneladas exportadas, representando um aumento de 34,39% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a celulose liderou as exportações, com 36,56% do total, apresentando uma alta expressiva de 112,87% no trimestre. O desempenho é reflexo direto da entrada em operação da nova unidade da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, que já opera em plena capacidade.

“O principal produto da pauta de exportação em março foi a celulose, já demonstrando a entrada em operação e capacidade plena da unidade da Suzano. O resultado já impacta nossa balança comercial, com a celulose respondendo por mais de 35% das exportações no mês e consolidando o Porto de Santos como o principal terminal exportador de produtos sul-mato-grossenses”, destacou o secretário.

A soja ficou em segundo lugar entre os principais produtos exportados no trimestre, com 25,49% de participação. A colheita foi finalizada recentemente e a expectativa é de crescimento das exportações do grão a partir de abril, principalmente via Porto de Paranaguá, que já respondeu por 29,41% das exportações em março. “Sabemos que a soja reage a partir de agora. Finalizamos a colheita e devemos ter, a partir do próximo mês, um ritmo de exportação crescente. Abril e maio deverão registrar aumento significativo”, disse Verruck.

Entre os principais destinos das exportações sul-mato-grossenses, a China absorveu 47,06% do total vendido pelo Estado em março. Em seguida vêm os Estados Unidos (5,52%) e os Países Baixos (4,27%). “Até março, ainda não observamos impacto direto da alteração tarifária promovida pelo governo Trump, que criou uma taxa adicional de 10% para as importações de produtos brasileiros pelos Estados Unidos, nosso segundo maior parceiro comercial. Por isso, será importante avaliar, a partir de abril, como as exportações de carne se comportarão nesse cenário”, pontuou o secretário.

Do lado das importações, os principais produtos foram gás natural (33,8%), caldeiras de geradores de vapor (15,85%) e cobre (7,87%). Entre os municípios exportadores, Três Lagoas liderou com 24% do total exportado no trimestre, seguido por Ribas do Rio Pardo (14,78%), Dourados (8,42%) e Campo Grande (6%).

“A balança comercial de março mostra Mato Grosso do Sul tendo dois produtos já industrializados, como a celulose e a carne bovina, se destacando, além da soja, que é agropecuária, com tendência de crescimento. A China é nosso principal parceiro comercial, e, diante do novo sistema tarifário dos EUA, é possível que aumentemos nossas exportações para o mercado chinês em detrimento do norte-americano”, concluiu Verruck.

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