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MS registra 1º caso de febre oropouche e paciente é uma mulher que viajou para a Bahia

A SES (Secretaria Estadual da Saúde) confirmou, ontem (12), o 1º caso de febre do oropouche em Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma mulher, de 42 anos, residente em Campo Grande (MS), mas que contraiu a doença na Bahia.

Agora, conforme a SES, uma série de ações complementares serão desenvolvidas pelo Estado em conjunto com os municípios, como sistematizar as informações dos casos suspeitos e confirmados, coleta de amostras de outros pacientes para testagem pelo LACEN (Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso do Sul), com o objetivo de fortalecer a vigilância da doença.

O caso registrado em Mato Grosso do Sul está sendo tratado como alóctone, que é quando a doença é importada de outra localidade. A paciente em questão fez uma viagem à Bahia recentemente, estado que tem mais de 600 casos confirmados neste ano.

O que é febre oropouche?

A febre do oropouche é uma doença causada por um arbovírus, que foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente, nos estados da região amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).

A transmissão é feita principalmente por mosquitos. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.

Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença, no primeiro, que é o ciclo silvestre, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo.

Já no ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O mosquito Culicoides paraenses também é o vetor principal. Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya, ou seja, dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia.

Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento da rede de saúde. O Brasil tem observado um grande aumento do número de casos de febre oropouche. De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, já são 6.207 casos em 2024. Em 2023, foram 835.

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