Mato Grosso do Sul participou hoje (10) da sua primeira reunião como integrante da Aliança Láctea Sul-Brasileira (ALSB), entidade que realiza o planejamento estratégico das ações para desenvolvimento da cadeia do leite na região sul do Estado, e inclue os os três estados do sul do país (RS/PR e SC), que produzem 40% do leite do Brasil. O encontro realizado na sede do Sistema Famasul em Campo Grande, contou com a presença do secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico da Semadesc, Rogério Beretta, e do diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold. A reunião foi conduzida pelo presidente da ALSB, Rodrigo Rizzo, o diretor-tesoureiro da Famasul, Frederico Valente o e contou com a participação dos gestores da área de leite da Semadesc Orlando Serrou Camy Filho e João Roberto Felipe.
O objetivo foi fortalecer a produção e industrialização do leite no Estado. A adesão de Mato Grosso do Sul na Aliança foi feita a pedido do governador Eduardo Riedel, visando impulsionar a atividade leiteira no estado, beneficiando principalmente os pequenos produtores. De acordo com o secretário-executivo da Semadesc, a parceria com os estados do Sul (Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul), que representam uma parcela significativa da produção nacional de leite, é vista como uma oportunidade de crescimento para o MS.

A elaboração do PROLEITE MS – Plano Estadual de Desenvolvimento da Bovinocultura de Leite, lançado em maio deste ano pelo Governo do Estado, inclusive teve como base o planejamento estratégico da Aliança Láctea. Estruturado em quatro programas (Melhoramento Genético, Apoio à Indústria Láctea, Assistência Técnica e o ExtraLeite), o plano prioriza pequenos e médios produtores e já mobiliza quase R$ 9,3 milhões em investimentos diretos por meio de parcerias com o Senar/MS e o Núcleo dos Criadores de Girolando.
O Subprograma ExtraLeite, parte do PROAPE, prevê R$ 62,1 milhões em incentivos nos dois primeiros anos, com foco na regularidade sanitária, ambiental e trabalhista das propriedades. Paralelamente, foi lançado o PACPOA-MS, que permite a comercialização intermunicipal de produtos de origem animal inspecionados pelos SIMs municipais cadastrados no sistema estadual, valorizando a produção local e criando um ambiente regulatório mais eficiente.
Beretta salientou que hoje, a pecuária leiteira estadual luta contra problemas de produtividade média, de gestão, de assistência técnica. “Por isso entendemos a relevância da participação deste grupo seleto. Já começamos a participar de discussões e temos expectativa bastante positiva tanto para o nosso momento atual quanto em relação a nossa entrada na Aliança Láctea. Esperamos receber conhecimentos técnicos, não apenas na sanidade, mas nos demais setores de discussão do setor”, concluiu.
Alinhamento
De acordo com Beretta, na reunião de hoje, foram debatidos temas como o comércio exterior e a abertura de novos mercados para o leite. “Também debatemos uma harmonização dos protocolos sanitários para controle da brucelose e tuberculose na bovinocultura de leite, já com o Mato Grosso do Sul fazendo parte dessa harmonização”, enfatizou.
Na sua avaliação, a entrada de Mato Grosso do Sul na Aliança Láctea é um resultado importante, permitindo ao estado alinhar demandas e propostas com os demais integrantes para o desenvolvimento sustentável do setor.
No encontro também foi apresentada uma atualização do relatório da Aliança Láctea. “São 10 itens nas diferentes áreas e eles fazem esse acompanhamento da evolução dessas medidas para apresentar ao grupo. Então esse trabalho agora nós vamos incluir os números do Mato Grosso do Sul dentro do relatório da Aliança Láctea. Com isso a Semadesc passa a acompanhar essas ações, a execução de medidas para melhorar a atividade. Isso é de grande importância porque temos estados de grande potencial de produção, de alto nível tecnológico que poderemos usar como espelho para alavancar o estado do Mato Grosso do Sul na produção de leite”, frisou Beretta..
A próxima reunião está marcada para a Expointer no Rio Grande do Sul. “Nossa meta é poder participar e já levar essa realidade do MS dentro do planejamento estratégico da Aliança Láctea como um todo”, concluiu.