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Logística agropecuária exige transporte multimodal e armazenagem

Avançar na multimodalidade e ampliar a capacidade de armazenagem foram duas das necessidades apontadas para a melhoria da logística agropecuária, em painel durante o Global Agrobusiness Festival (GAFFFF), mediado pelo chefe-geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, em 28 de junho. O tema foi debatido com a coordenadora de logística da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Elisângela Lopes, pelo CEO da Hidrovias Brasil, Fábio Schettino, e pelo coordenador-geral do Grupo Esalq-Log, Thiago Guilherme Péra.

Spadotti ressalta a importância de baixar os custos relacionados à logística, uma vez que os produtos agropecuários, por natureza, têm baixo valor agregado. “A participação do fator logístico é muito importante dentro do custo como um todo e da margem de lucro”, lembrou. Os gargalos logísticos são componentes de peso no chamado Custo Brasil, um entrave à competitividade. Estudo da Embrapa Territorial aponta que incrementos tecnológicos aumentariam a competitividade do agronegócio nacional em 16%; a melhoria das condições logísticas, em contrapartida, traria mais de 30% de ganho de competitividade. (Conheça o Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária Brasileira)

Os painelistas mostraram que ainda é grande a dependência das rodovias e apontaram a necessidade de mudar o quadro, para atender principalmente grandes trajetos com ferrovias e hidrovias. Essas últimas são particularmente importantes na região Norte no País e podem ser opção para ampliar a estrutura de transportes sem favorecer o desmatamento. Também foi apontada a necessidade de investimentos em armazenagem, inclusive com estruturas dentro das propriedades, o que é incomum no Brasil, ao contrário de outros países. Spadotti explicou que os armazéns funcionam como diques, dando vazão às cargas, em função da sazonalidade das colheitas.

Realizado desde 2012, com especialistas do Brasil e de outros países para debater o agronegócio, o GAF quadruplicou o F da sigla e transformou-se em GAFFF (Forum, Fair, Fun e Food). A Embrapa participou de outros painéis do fórum. A presidente Silvia Massruhá moderou as discussões sobre “Agricultura do futuro: tecnologia e dados para tomada de decisões”, enquanto o pesquisador Marcelo Morandi mediou o debate “Preservando e recuperando a qualidade do solo”. O analista Miguel Ivan Lacerda de Oliveira, da Embrapa Arroz e Feijão, integrou o painel sobre “Combate à fome como alavanca do desenvolvimento socioeconômico”.

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