Durante um patrulhamento de rotina pela Rua Pernambuco, em São Gabriel do Oeste, policiais militares flagraram uma cena de tensão na noite do último domingo (20).
Um veículo estava parado na via, próximo a um bar, e ao lado dele, uma motocicleta estacionada. O condutor da moto, um homem de 46 anos, gritava com a motorista do carro, uma mulher de 47 anos, chamando a atenção da guarnição, que imediatamente realizou a abordagem.
De acordo com a vítima, ela possui uma medida protetiva de urgência contra o suspeito, que estaria a perseguindo pela cidade em uma tentativa de forçá-la a retomar o relacionamento.
A situação, já conhecida pelas autoridades, se agravou com o comportamento agressivo do homem, levando os policiais a utilizarem algemas para imobilizá-lo e garantir a segurança da mulher.
Ambos foram levados ao Hospital Municipal para a realização de exame de corpo de delito, conduzido pelo médico plantonista. Não foram constatadas lesões físicas, mas o relato da vítima reforçou a gravidade da situação.
Em seguida, os envolvidos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil local, onde o registro de ocorrência foi formalizado e entregue ao delegado de plantão para as providências cabíveis.
O caso chama atenção para a reincidência em crimes de violência doméstica, mesmo com medidas protetivas em vigor. A vítima já havia registrado ocorrências anteriores contra o ex-companheiro, que agora pode responder por descumprimento de medida protetiva e ameaça, crimes previstos na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).
A Polícia Civil informou que o suspeito permanecerá à disposição da Justiça, enquanto a vítima recebeu orientações sobre os próximos passos legais e apoio da rede de proteção à mulher.
Autoridades reforçam a importância de denunciar casos de violência doméstica através dos canais disponíveis, como o Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher) e o 190 (Emergências Policiais).
“Situações como essa mostram a necessidade de a vítima buscar ajuda e não recuar perante as ameaças. A medida protetiva é uma ferramenta importante, mas só funciona com o apoio de todos”, destacou um dos policiais envolvidos no caso.
Tony Franco
