Exonerado há cerca de 44 dias, o ex-gerente de Tributação e Receita, Rodrigo Ferreira Lima é citado entre os possíveis alvos do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), visto em operação na manhã desta quarta-feira (13), no município de Coxim.
Conforme o Ministério Público em nota, foram cumpridos 15 mandados totais de busca e apreensão, 14 em Coxim e outro no município mato-grossense de Várzea Grande, apreendendo 15 mil reais.
Os agentes do Gaeco foram vistos pela mídia local (como abordado nos portais Edição MS e Coxim Agora), conduzindo o empresário na manhã de hoje (13) e em ação na Diretoria Executiva de Planejamento Urbano (Depu).
Batizada de “Grilagem de Papel”, a ligação da operação do Gaeco com a situação remete à apropriação ilegal de terrenos de terceiros, usando documentos fraudulentos.
Vale lembrar que há tempos a regularização fundiária de Coxim levanta suspeitas, já que há quase um mês os vereadores pediam explicações, após supostas fraudes envolvendo Rodrigo virem à tona após sua exoneração.
Como aponta o requerimento da Casa de Leis do município, Rodrigo é denunciado por supostamente transferir terrenos em Coxim para seus familiares, através de irregularidades no chamado processo de regularização fundiária urbana (REURB).
O que se sabe?
Rodrigo foi acusado por Márcio Ferreira Vaz, pelo suposto uso de “informações privilegiadas” em transferências irregulares de terrenos, localizados mais especificamente no bairro Altos de São Pedro.
Segundo Márcio, à época candidato à vereador em Coxim, esses terrenos seriam transferidos para os sogros de Rodrigo Ferreira Lima, vendidos de forma ilegal.
Segundo o MPMS, a operação de hoje (13) levou ao afastamento de cargo de mais dois servidores públicos em Coxim, pois, supostamente, estariam ligados às fraudes que estão sendo investigadas.
“Os servidores públicos teriam expedido certidões de regularização fundiária para terrenos abandonados, mas com propriedade definida, sem seguir o procedimento legal exigido. A partir dessas certidões, as propriedades eram transferidas no Cartório de Registro de Imóveis”, esclarece o MPMS.
Correio do Estado