Com o avanço acelerado da agricultura em Mato Grosso do Sul, cresce também a necessidade de reforçar a responsabilidade técnica nas atividades do campo. Esse foi o foco do Seminário de Responsabilidade Técnica em Defesa Sanitária Vegetal, promovido pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), que começou nesta terça-feira (6), no auditório do CREA-MS, em Campo Grande.
O evento reúne técnicos, produtores, pesquisadores e representantes do governo para discutir os novos desafios da fiscalização e do acompanhamento técnico no setor agrícola.
O crescimento da área plantada no estado chama atenção. Nos últimos cinco anos, a produção de soja passou de 2 milhões para 4,5 milhões de hectares, com previsão de atingir 8 milhões de hectares em breve. Além da soja e do milho, a expansão de áreas florestais e o avanço da citricultura impõem novas demandas aos órgãos de defesa vegetal.
Presidente da Iagro Daniel Ingold falou da importância da atuação conjunta das entidades
“A defesa sanitária vegetal tem se tornado cada vez mais estratégica no nosso estado. Antes, a estrutura era majoritariamente composta por veterinários. Hoje, precisamos de uma equipe técnica mais diversificada e preparada para lidar com novas culturas e desafios”, destacou o presidente da Iagro, Daniel Ingold.
Para Ingold, o papel do responsável técnico é essencial para garantir um crescimento sustentável e seguro da produção agrícola sul-mato-grossense. “Estamos ampliando a fiscalização com uma abordagem mais orientativa, buscando proximidade com o produtor rural. A ideia é orientar, prevenir e construir soluções de forma conjunta”, complementou.
Ingold também lembrou do recente surto de lagartas que atingiu florestas plantadas para produção de celulose, como um exemplo da importância da atuação técnica preventiva.
Citricultura
O avanço da produção foi destacado na palestra da coordenadora de Citricultura da Semadesc, fiscal agropecuária da Iagro, Karla Nadai que abordou o tema no evento. Ela apresentou os dados sobre o crescimento da produção no Estado, traçou um perfil do mapa de culturas, dando ênfase para a entrada da citricultura que já tem 18 mil hectares entre plantio e prospecção e pode chegar a 30 mil hectares nos próximos anos.
O seminário segue até quarta-feira (7) com debates sobre temas como panorama da defesa sanitária vegetal, responsabilidade técnica nos diversos setores da produção, distribuição e aplicação de insumos, segurança no uso de defensivos, e aspectos jurídicos e tecnológicos da atividade.
A realização é da Iagro e da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), com apoio do Governo de Mato Grosso do Sul.
