Na última quarta-feira (20), o Brasil e a China assinaram um acordo histórico para exportação de gergelim. O acordo foi firmado por ocasião do encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, em Brasília. Além do gergelim, também foi aberto mercado para outros três novos produtos da agropecuária brasileira – uvas frescas, sorgo e derivados de peixe.
Os protocolos firmados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Administração Geral de Aduana da China (GACC) estabelecem os requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação dos produtos.
Maior importadora de gergelim do mundo, com participação de 36,2% nas importações globais do produto, a China desembolsou US$ 1,53 bilhão em 2023 na compra deste produto. Já o Brasil, que ocupou a sétima colocação nas exportações, representando 5,31% do comércio mundial, vem aumentando sua área de plantio do pulse. As exportações do produto saltaram de US$ 79 milhões em 2021 para US$ 245 milhões até outubro de 2024, refletindo um crescimento de 210%.
O gergelim vem ganhando espaço nas lavouras brasileiras como cultura de segunda safra. O ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, destacou que a abertura deste mercado se alinha com o crescimento da produção nacional, que aumentou 104% no último ano. Segundo a Conab, para a safra 2023/24, estima-se uma produção de 360 mil toneladas, um aumento de 228 % em relação a 2021. Mato Grosso lidera o ranking de maiores produtores, com 246 mil toneladas, representando 46,7% da produção nacional.
Além de Mato Grosso, outros polos despontam na produção de gergelim a exemplo de Goiás, Pará e Tocantins. Há ainda potencial para produção na Bahia, Minas Gerais, Maranhão e Rondônia.
Curso sobre cultivo de gergelim
Para auxiliar os produtores que desejam investir no plantio desta cultura em ascensão no Brasil, a Embrapa disponibiliza um novo curso gratuito Cultivo de gergelim no Cerrado brasileiro na sua plataforma de capacitação on-line e-campo. A capacitação é voltada para agricultores do bioma Cerrado, técnicos e agentes da assistência técnica e extensão Rural (ATER) que ainda não estejam familiarizados com a cultura do gergelim ou que já tenham introduzido a cultura no seu sistema produtivo e buscam aprofundar e atualizar seus conhecimentos sobre essa cultura.
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