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Brasil destaca robustez do sistema sanitário e transparência no enfrentamento da gripe aviária

Em coletiva realizada nesta segunda-feira (19), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reafirmou o compromisso do Brasil com a transparência e a robustez de seu sistema sanitário diante da identificação de um foco de influenza aviária de alta patogenicidade em matrizeiro de aves comerciais. O ministro destacou o empenho do governo federal na contenção dos casos e na preservação da credibilidade das exportações brasileiras de produtos avícolas.

“A força do sistema e a transparência nos procedimentos nos credenciam a buscar a regionalização dos casos junto aos nossos parceiros comerciais. Quando conseguimos demonstrar que o foco foi contido na região onde se originou, temos um ativo de convencimento para propor protocolos que evitem o fechamento total das exportações”, afirmou Fávaro.

O ministro explicou que conter o foco é um passo essencial para que os países importadores considerem a adoção de protocolos regionalizados, evitando embargos nacionais. “Foi assim na França, foi assim nos Estados Unidos. Se conseguirmos mostrar que o sistema brasileiro é robusto e capaz de conter o vírus onde ele surgiu, é possível que os parceiros adotem o protocolo regionalizado”, completou.

Fávaro também informou que a desinfecção da segunda granja afetada está em fase final, e que o dia seguinte à conclusão desse processo será considerado o “marco zero” do ciclo de 28 dias previsto nos protocolos internacionais. Caso não sejam registrados novos focos nesse período, o Brasil poderá se autodeclarar livre da enfermidade naquela região.

O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart, destacou a importância desse procedimento. “O marco zero é o ponto a partir do qual iniciamos a contagem dos 28 dias sem registro de novos focos da influenza aviária em uma área afetada. Esse período é essencial para que possamos, de forma técnica e transparente, comprovar a contenção do vírus. Ao final desse prazo, se não houver novas ocorrências, o Brasil poderá se autodeclarar livre da doença naquela região. Isso não apenas fortalece a credibilidade do nosso sistema sanitário, como também representa um passo fundamental para a reabertura de mercados e a normalização das exportações. É um procedimento previsto em protocolos internacionais, e estamos conduzindo esse processo com o máximo rigor e responsabilidade”, explicou.

Durante a coletiva, o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Marcel Moreira, detalhou o impacto da situação nos mercados internacionais e a suspensão da exportação de carne de aves por 20 países. Segundo ele, o Brasil possui acordos sanitários com cerca de 160 países para exportações de produtos avícolas.

Moreira ressaltou, no entanto, que o sistema brasileiro de exportações é resiliente. “Os exportadores têm conseguido redirecionar parte da produção para outros mercados, o que ajuda a mitigar os impactos”, afirmou.

O Ministério da Agricultura e Pecuária segue monitorando a situação com rigor técnico, mantendo diálogo permanente com os países parceiros e adotando todas as medidas necessárias para assegurar a sanidade dos produtos brasileiros e a continuidade das exportações.

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