“Projeto de vida”. É assim que Antônio Cordeiro, produtor rural no município de Fátima do Sul, chama o seu sítio. Com o propósito de sustentar a família, ele buscou caminhos sustentáveis para a produção, encontrando no Senar/MS o impulso necessário. Esse amor pela terra alcançou a quarta geração e revelou um elo que só o campo é capaz de criar.
Essa história começa com Walter de Oliveira e Silva, pai de Antônio, pioneiro, fundador do Sindicato Rural e da Famasul. Valter não apenas cultivava a terra, também semeava nos corações de seus nove filhos o valor de viver do setor rural. “Meu pai falava que eu ia ficar nesse campo e eu passei muito medo de não ficar. Quando decidiram que eu ficaria aqui, eu fiquei muito feliz”, relembra Antônio emocionado.
Hoje, ele compartilha essa herança com a filha Suellen e os netos, preservando um ciclo que começou muito antes. Márcio Antônio Maria, técnico de campo da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), acompanha a família de perto. Ele conta que o objetivo inicial era suprir as necessidades e, mais tarde, melhorar a renda.
“Ele é um produtor modelo no que a assistência do Senar pede. Ele anota tudo que gasta e também anota o que ele consumiu, porque está comprando dele mesmo”, explica sobre o desempenho do produtor no processo gerencial.
O Senar/MS também tem sido parte fundamental na capacitação. Antônio já concluiu 29 cursos e agora é Suellen quem segue o exemplo. “Teve um de ervas medicinais que eu fiz, eu gostei muito. Ele (Antônio) falou que não conseguiria ir, mas que eu conseguiria. Eu fui e fiz. A gente faz os cursos e troca as figurinhas”, conta Suellen.
Hoje, quem vive os benefícios da produção também são os netos de Antônio. O sistema de agrofloresta mantém a terra, cultivando os frutos das árvores e o futuro da família. “Eu amo a terra porque eu aprendi a gostar da terra e é muita liberdade aqui, eles amam estar aqui”, relembra Suellen sobre o contato dos filhos com a propriedade.