Na tarde desta terça-feira (06) o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar Paulo Teixeira compareceu em reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) para prestar esclarecimentos sobre o aumento de invasões no governo Lula. O presidente da comissão, deputado federal Rodolfo Nogueira, autor do requerimento, cobrou explicações do ministro.
“No primeiro ano do governo Lula foram registradas 72 invasões de terras públicas e privadas, superando as 62 ocorrências registradas durante os quatro anos do governo do presidente Jair Bolsonaro. O homem do campo, que trabalha honestamente para produzir alimentos e sustentar suas famílias, não pode ficar refém de ações ilegais e violentas disfarçadas de luta social”, afirmou Nogueira.
O presidente da comissão continuou ressaltando a proximidade do governo Lula com invasores de terras. “A conivência, a omissão do governo Lula diante dessas práticas, levanta graves questionamentos, além disso, a presença de indivíduos com histórico criminal em cargos governamentais associados ao MST sugere uma troca de favores inaceitável entre o governo e o movimento que desrespeita a lei”, reforçou.
Nogueira alertou sobre a participação de integrantes do MST em comitês. “Outro ponto que levanta sérias preocupações é a participação desse grupo criminoso em comitês que pretendem promover a paz no campo. Isso é, no mínimo, um contrassenso que desacredita as instituições e ofende o cidadão de bem”.
O ministro rebateu as acusações alegando que precisa representar todos aqueles que detém terras. A reunião durou, aproximadamente, cinco horas. Além do presidente, outros deputados, da oposição, também pontuaram irregularidades no governo Lula em relação à proximidade com o MST.
Além de Paulo Teixeira, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima Marina Silva também foi convidada para prestar esclarecimentos, porém Marina cancelou a ida à reunião de convocação alegando que estará empenhada na realização da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente.
Marina Silva havia sido convidada para prestar esclarecimentos sobre os impactos ambientais da construção de uma nova rodovia em Belém (PA), prevista para atender a COP30, além de responder a questionamentos sobre sua participação no Acampamento Terra Livre. Os altos índices de queimadas na Amazônia Legal e a morosidade na liberação de novos defensivos agrícolas também seriam pautas a serem esclarecidas pela ministra. Devido a justificativa da ministra, a reunião da comissão foi cancelada