A obra da ponte sobre o Rio Paraguai, unindo o município de Porto Murtinho à cidade paraguaia de Carmelo Peralta segue em ritmo acelerado, com 67,05% da construção já devidamente executado. A informação foi dada na 9ª Reunião da Comissão Mista Brasil Paraguai, convocada pelo Ministério das Relações Exteriores e realizada na manhã desta sexta-feira (21), com a participação do secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
“O Consórcio PYBRA deu a informação de que o cronograma segue o esperado. Houve um aditivo de prazo e também um aditivo de valor pelo Governo do Paraguai, com a finalização da ponte em março de 2026. Outra novidade foi a apresentação do projeto da obra de acesso à ponte no lado paraguaio, outro avanço fundamental para o Corredor Bioceânico. Apesar de essa obra ainda não ter sido iniciada, o Governo do Paraguai garantiu que essa construção será concluída juntamente com a ponte”, informou o secretário Jaime Verruck.
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Durante a reunião, os representantes do Governo Federal apresentaram e aprovaram uma minuta de acordo que deverá resolver a questão da reciprocidade tributária do Brasil no processo de construção da ponte. “Após três anos de impasse, foi apresentada ao Paraguai, pelo governo brasileiro, uma minuta de acordo dando a reciprocidade e isenção tributária à compra de materiais no Brasil, seja ele qual for. Obviamente, isso depende da aprovação do Congresso Nacional, mas conseguimos finalizar um bom texto com todos os parceiros e agora ele será encaminhado ao Senado Federal, que não deve fazer restrições para aprovação”, acrescentou o secretário.
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Com relação ao projeto do Centro Integrado de Alfândega do Paraguai, considerado fundamental para o avanço nas questões aduaneiras do Corredor Bioceânico, o governo paraguaio deverá apresentar um posicionamento até o final do próximo mês. “O Governo do Paraguai nos deu o prazo de 31 de março para se posicionar com relação à construção e recursos para o Centro Integrado de Alfândega. Essa é uma preocupação que temos e ela foi explicitada pelo ministro do MRE, João Carlos Parkinson de Castro, durante o Seminário Internacional da Rota Bioceânica”, finalizou Jaime Verruck.